jeudi, mars 27, 2008

Passatempo.

Rapaaaz, tirei o dia pra fazer faxina!

Vassoura, pano, espanador, paciência. Até meu armário arrumei. Gaveta de calcinhas, blusas, shorts e saias. Casei cada par de meias certinho, pé com pé, e arrumei uma casa pra eles. Joguei tanta coisa fora! A papelada que já tinha vida própria e praticamente fazia comunidade alternativa num canto do meu quarto, foi toda organizada: útil, inútil; letras, RI; dá pra reaproveitar, vá já para o lixo. Arrumei as bolsas, os livros, as fotos. Até dancei um pouquinho. Isso aqui tava mesmo precisando de uma faxina. E me deu uma canseira! Fiquei suada! Até que..


...A internet finalmente voltou!


UFA! Pude parar de arrumar tudo só por passatempo! Joguei o que ainda não havia sido arrumado pra lá, sentei aqui e comecei a.. faxinar também (?)! Faxinei as fotos, as musicas, o bloco de notas..

E achei muita coisa interessante, que um dia escondi julgando ser lixo. Alguma delas, resolvi publicar aqui. Os textos abaixo são todos antigos. Não estranhe ao me ver falando de Ano novo e aniversário no mês de março, ou de antigos amores que nem eu lembrava mais o quão intensos haviam sido.

Não vá achando que tive um surto momentâneo de criatividade
e me destrambelhei a escrever.
Foi só falta do que fazer.

O principal (bem explicadinho).

Pouco importa quem eu fui (do verbo: não sou mais), não me interessa o que eu tinha (do verbo: foi passageiro e não durou), há coisas que ficam (do verbo: não foram - e jamais irão - embora) de cada suspiro que demos (do verbo: já deu e ainda vamos dar), de tudo o que a gente passa (do verbo: andar - e ainda vai passar), da marca que a gente deixa (do verbo: que marcam - e sempre deixará), e da cicatriz que a gente carrega (do verbo: sofrimento que levamos conosco a todo lugar), que valem mais do que qualquer coisa: são nossos PRINCIPIOS intraíveis que fazem de nós o que a gente realmente é.

Tão pequeninos, que nem sentimos eles entrarem em nossos corações.
Tão grandiosos, que nada jamais conseguirá passar por cima.

Acerto de contas.

Bom, chegou a hora. Senta ai, vamos colocar os pingos nos is, separar o que é de quem, esclarecer toda essa loucura. Seja franco, o que está acontecendo? Não, porque, na realidade, não há nada o que fingir, não há nada a esconder.. de pés no chão, nós dois sabemos muito bem que não há nada entre nós. Esse não-relacionamento que vai de brisa à ventania numa simples troca de olhares, é muito fluido, não dá pra pegar nas mãos. Cá entre nós, o que aqui é concreto?? A esta altura do campeonato, nem o chão onde piso - e perco quando voce chega - é. Não é real. Vamos, leve já o que é seu com você. Seu sorriso, seu olhar, o sol, e todas essas emoções que você trouxe debaixo do braço e me ofereceu em silêncio, que eu volto pra casa com as minhas desilusões, minhas decepções, e esse conto de fadas sem final feliz. Só mais uma histórinha, das minhas tantas, pra contar. Vamos, vamos logo desacreditar que essa seria a mais bonita. Vamos desacreditar em amor a primeira vista, vamos desacreditar no amor. Chega de conjugar o verbo no futuro do pretérito, o presente momento é esse, e é chuvoso. Vamos jurar por Deus que não foi maravilhoso, que não somos um só, que não nascemos um para o outro. Amanhã serão outras Anas, outras Marias, outras Paulas. Amanhã serão outros sorrisos bonitos, outras troca de olhares, outras surpresas, você não é a primeira nem a ultima vez que vou me apaixonar. Eu te inventei quando mais precisava, desinventarei sem maiores problemas. É isso, pode levantar. Você sabe onde é a porta da frente, por onde me invadiu, e é por lá que você deve sair, sem nem ter necessidade de leva-lo até lá. Pegue tudo isso e saia antes que minha lagrima caia na sua frente, ou que eu me arrependa de cada vogal dita até agora. Não vou falar mais nada.
Até mais. Ou até nunca mais.

Breve aparência.

Há quem viva de imagem.

Eu não. Eu vivo de algo mais, algo que nem todo mundo pode ver. Eu vivo de emoções, eu vivo de paixões, eu vivo de momentos. Vivo de erros e de acertos. Vivo apenas de tentativas. Numa eterna aventura errante onde cada segundo é unico, onde o passado não importa e o futuro não interessa. Vivo cada dia sem pressa, achando beleza até nas coisas que não parecem bonitas.

Há quem viva de imagem. tudo bem, eu respeito.

Só que ainda não aprendi a pintar quadros e fingir felicidade. E talvez nem deva aprender. Prefiro sair descabelada, mas demonstrar que aquele mafuá foi resultado de muita diversão. Prefiro deixar a lágrima escorrer do que engolir o choro, odeio sorriso amarelo. Eu vivo de algo mais do que imagens, ou do que os outros pensam de mim.
Eu vivo de emoções, paixões, momentos, onde cada segundo é unico, cada pessoa é especial, onde o passado não importa e o futuro não interessa. Eu sou o resultado da soma dos meus erros com os meus acertos, sem arrependimentos, tudo tem seu lado bom.
E sou sem vergonha mesmo.. não tenho vergonha de ser exatamente aquilo que eu sou, de sentir o que sinto, de pensar como penso, crer nas minhas crenças. E não acredito em nada que não venha do coração.

As fotos mais bonitas máquina nenhuma conseguiu captar, estão todas na minha cabeça. Porque ainda não inventaram câmera que fotografe além da sua tão breve aparência.

Mesmo assim ainda há quem penteie o cabelo pra tirar fotos..

O que vale mais?

Bem assim por acaso.

"Quantas vezes mais terei que retocar a maquiagem até você chegar?

Ás vezes eu olho embaixo da cama, atrás do armário, dentro da geladeira, nas gavetas da sala, quem sabe eu te encontro, no lugar certo, só pra ser mais feliz, bem assim por acaso...

Quantas vezes mais as estrelas cadentes vão me virar a cara negando um pedido? Às vezes eu rezo, acendo uma vela, faço uma prece, jogo minha fé pela janela, depois me arrependo, vou lá, pego de volta, toda molhada, estendo no varal, vento que seca, tempo que passa, e você, nada...

Quantas vezes mais vou duvidar da sua existência? Será que estás o tempo todo aqui, como um fantasma, a me acompanhar, sem que eu perceba, na minha cegueira, tua presença invisível, espalhada pela sala, espírito zombeteiro, acenando pra mim, e eu, nada...

Quantas vezes mais você vai gritar mesmo sabendo que eu não posso te ouvir? Canta uma música, gesticula, faz mímica, tenta qualquer coisa, eu preciso te ver, não desiste de mim, fica um pouco mais, toma um gole de café, puxa uma cadeira, olha umas fotos, acende um cigarro...

Quantas vezes mais terei que me desfazer para te encontrar? Eu ando pela casa, troco os moveis de lugar, mudo a cor do cabelo, jogo as fotos pela janela, depois me arrependo, vou lá, pego todas de volta, estendo no varal, amareladas, tempo que mancha, vento que passa, e você, quase posso te ver, em cada uma delas: perto de mim fazendo careta, sorrindo atrás de uma árvore, correndo por entre nuvens num dia de sol....

Quantas vezes mais terei que lembrar a mim mesma onde foi que eu guardei a minha felicidade? Às vezes eu assobio enquanto penduro a fé no varal, me olho no espelho enquanto você se esconde do tempo num porta-retrato, cativo o prazer dessa incessante busca, fecho os olhos aos acenos e continuo procurando, nos lugares errados, só pra ser mais infeliz, bem assim por acaso"...

(Maíra Viana)
Ando um tanto sumida.
Acontece que não estou aqui. É isso. Não sou eu, eu fui sequestrada, estou perdida em algum lugar muito, muito longe. Aqui quem vos escreve é o pouquinho que ainda resta de mim, mas não sou eu. A última vez que me viram, eu estava caminhando na praia. Foi numa tarde azul e gostosa, pintada à mão, dirigida minuciosamente, onde até o vento conspirava ao meu favor. Neste cenário, ví um sorriso. Desde então, nem eu me vejo mais. Quiçá me reconheço. Faz tempo que não me encontro. Me perdi naquele sorriso, e aquele sorriso, ainda que sem querer, me levou pra longe, bem longe, tão longe que não sei aonde. Nem sei se pretendo voltar. Mas ofereço recompensa e estou disposta a pôr a polícia atrás daquele sorriso. Se alguem descobrir a quem pertence, dou uma flor, assim que eu for resgatada. Se eu for resgatada.
Vejo uma ligação sua no meu celular, às quatro da madrugada. Ligo de volta assim que acordo, e você diz que foi engano. E desestabiliza meu dia inteiro. Mas me deixa sorrindo até pro sinal fechado.
ps: Diga que foi de propósito da proxima vez, que só queria ouvir minha voz e não me deixar dormir, pelo menos.

Já nasci com asas.

"Já nasci com asas.
Não que eu seja um anjo, ou coisa parecida.
Nasci com asas de pássaro.
Aqueles em especial, que parece que já nasceram voando.
Aqueles que em seu primeiro voou, já mostram seu dom.
Tem gente que não entende essa minha mania de sumir, desaparecer e deixar saudade.
Não entendem que é só uma maneira minha de ser livre.
Quem quer ser livre não pode se apegar a nada, nem ninguém.
Mas isso não significa que eu não ame.
Nunca voei muito longe do meu ninho.
Sou dos pássaros “sazonais”.
Aqueles que vão pra bem longe ficam um bom tempo, mas voltam.
Tenho um objetivo maior na vida: ser plenamente livre.
Meu lugar é um que não se encontra nos lugares que até hoje pisei.
Mas não se preocupe, como uma tartaruga marinha eu volto, e vou de novo.
E nunca deixo de amar os que ficam."

"A pior vontade de viver"

"Todos são compreensivos, aceitam tão bem suas escolhas, torcem por tudo que você faz, não é mesmo? Desde que você faça o que está no script. Que siga o que foi determinado no roteiro, aquele que foi escrito sabe-se lá por quem e homologado no instante em que você nasceu. Mas e quem não quiser seguir esse script?

(...) andei relendo algumas das obras de Clarice Lispector (que completa 30 anos de falecimento em dezembro), e encontrei no conto "Amor", do livro "Laços de Família", uma de minhas frases prediletas. Assim ela descreve o sentimento da personagem Ana: "Seu coração enchera-se com a pior vontade de viver".

Ela é complexa, angustiante, subjetiva e intensa. Ela, "a pior vontade". A vontade que não está disposta a negociar com a vontade dos outros.

No entanto, esta que foi chamada de "pior" vontade pode ser também uma vontade genuína e inocente. É a vontade da criança que ainda levamos dentro, entranhada. É o desejo de açúcar, de traquinagem, de fazer algo escondido, de quebrar algumas regras, de imitar os adultos. A "pior" vontade é curiosa, quer observar pelo buraco da fechadura e depois, mais ousadamente, abrir a porta e entrar no quarto proibido.

A "pior" vontade é a de não se enraizar, não assinar contrato de exclusividade, não firmar compromisso, não se render às vontades fixas, apenas as vontades momentaneas, porque as fixas correm o risco de deixar de serem vontade para se tornar vaidade - como se sabe, há sempre aqueles que se envaidecem da própria persistencia.

A "pior" vontade não quer ganhar medalha de honra ao mérito, não quer posar para fotografias, nao quer completar bodas de ouro nem ser jubilada. A "pior" vontade não faz a menor questão de ser percebida, ela quer ser realizada. É quando você sabe que não deveria, mas vai. Sabe que não será fácil, mas enfrenta. Sabe que tomarão como agressão, mas arrisca. Aqui, cabe lembrar? apenas se sentem agredidos aqueles que te invejam.

A vontade oficial, a vontade santinha, a que não causa incômodo, é a outra, a aprovada pela sociedade, a que não leva em conta o seu íntimo, e sim a opinião publica. É a vontade que todos nós, de certa forma, temos de mostrar para os outros que somos felizes, sem saber que para conseguir isso é preciso, antes, ter a "pior" vontade, aquela que faz você descobrir que ser feliz é ter consiencia do efêmero, é saber-se capaz de agarrar o instante, é lidar bem com o que não é definitivo - ou seja, TUDO. É com esta "pior" vontade de viver que você atrai os outros, que seu magnetismo cresce, que seu rosto rejuvenesce e que você fica mais interessante.

É uma pena que nem todos tenham a sorte de deixar vir a tona esta que Clarice Lispector chamou de "a pior vontade de viver", e que, secretamente, é a melhor".

(por Martha Medeiros, dia 26/08/07 na Revista O
Globo)

Adoro aniversário. Não todos. Na verdade, adoro o dia do MEU aniversário. Sempre gostei. Egoísta? Talvez.. Mas acho muito interessante lembrar do dia em que você nasceu, coisa que, diga-se de passagem, você não vai lembrar nem querendo MUITO.
Parabéns pra mim!

Me deixa feliz.

Ouvir musica boa de manhã, mesmo que eu tenha acordado cedo e de mau humor, me deixa feliz.
Um dia de sol, mesmo que eu não vá à praia, me deixa feliz.
Um dia de chuva, até mesmo de temporal, me deixa feliz.sair pra dançar, mesmo que eu fique de cara a noite toda, me deixa feliz.
Inventar apelidos, falar babaquice, fazer palhaçada, mesmo que as vezes eu pareça ridicula, me deixa feliz.
Passar uma tarde inteira com os amigos, mesmo que a gente não faça nada, me deixa feliz.
Chegar em casa segura depois de um dia cansativo, ver meus pais e meu irmão, mesmo que viva brigando com eles, me deixa feliz.
Deitar na minha cama e ficar olhando pra janela, mesmo que eu não durma direito, me deixa feliz. morreeeer de rir, mesmo que seja atoa, me deixa feliz.
Ver que as pessoas ao meu redor estão bem, me deixa feliz.
Poder ajudar alguem, mesmo que eu apenas aconselhe ou de um colo, mesmo que a 'esmola' não seja grande, me deixa feliz.
Saber que ainda existem pessoas boas no mundo, mesmo o mundo estando do jeito que está, me deixa feliz.

Detalhezinhos, como um olhar e um sorriso, pequenos gestos, por menores que sejam, me deixam feliz. aprendi com a vida a diminuir o passo apressado quando passar por um jardim e a nunca deixar de sorrir para o porteiro.
Porque tem coisas para as quais a gente estipula preço, mas a felicidade simples não tem preço se soubermos dar valor.

"Minha vergonha na cara, reafirmo, perdi faz tempo. mas só perdi para ganhar coisas mais importantes e valiosas".. Sou cheia delas.
E me deixam muito feliz sim, obrigada.
"_Eu amo o mundo! Eu detesto o mundo! Eu creio em Deus! Deus é um absurdo! Eu vou me matar! Eu quero viver!
_Você é louco?
_Não, sou poeta".
(Mário Quintana)

"e vamos ver se no ano de 2008 você terá tempo de sentir saudades"

Tem nem dois minutos que Zeca Camargo terminou o ultimo "Fantástico" do ano de 2007 com essa frase.

Eu tinha prometido pra mim mesma que, ao invés de fazer pirraça contra as resoluções de ano novo, este ano eu não faria é a retrospectiva. Mas ao ouvir essa frase, não tive como não pensar em tudo que passei neste ano que passou.

Não falemos mais de passado, não quero nem me esforçar pra falar deste ano que se foi, mas se eu pudesse escolher uma palavra pra sintetizar tudo, eu diria "Saudade". Este é o resumo do ano.

2007 não foi um ano do qual eu sentiria saudade, foi o ano da saudade. Amigos, amores, entes queridos, hábitos, momentos, tive que dizer muito "Adeus". "Adeuses" molhados de lágrimas, cobertos de emoção, de amor ou raiva. Foi tanto "Adeus" que mal tive tempo de dar "bom dia" às coisas novas. Foram tantas perdas que cheguei até a esquecer a minha tão confortável consciencia do efêmero, como se eu tivesse tomado um porre e acordasse no dia seguinte com a memória vazia, e um peso enorme na cabeça.

Serviu pra olhar pra dentro, arrumar a casa, colocar pingos nos is e as coisas no lugar. Ainda assim, doeu (e muito) ter que passar por esse ano. Foi a dor do crescimento. Entendi que não tenho mais 15, nem 14 anos, e também estou muito longe dos 60. No ano da saudade, perdi um tantinho de tudo. Perdi desde a minha tia até meu celular. Perdi melhores amigas, bons amantes, perdi a hora, a cabeça e a razão.

Mas, passado a ressaca, parece que meu ano novo já começou. Sei lá, mas acho que foi bom. Aumentei minha fé e minha esperança, me tornei mais paciente, menos tolerante com coisas que eu não deveria ser jamais tolerante, e aprendi, além de gostar mais de mim, a gostar mais das pessoas que gostam de mim de verdade. Usei aquela saudade acumulada nestes ultimos 365 dias como gasolina para os próximos, e para relembrar que tudo na vida passa, e não dá pra, no meio desse vai-e-vem enjoativo, pedir pro barco parar. Não falemos mais de passado. O hoje é muito mais interessante e válido. Fecho mais um capítulo assim: as lições de vida ficam comigo, o resto fica pra trás, e prefiro nem lembrar mais.

E vamos ver se no ano de 2008 eu terei tempo de sentir saudades.

Quanto ao fim da CPMF, ao Pan 2007, o IPCC ou o São Paulo campeão, é, eu lembro, foi em 2007.
Devo ser mesmo uma pessoa muito atrasada, com valores ultrapassados. Tenho sonhos que despedaçam em milhares de caquinhos de ilusão, como se fosse frágil. Devo ser frágil. A roupa de menina forte já não cabe mais em mim, devo ter engordado, ou já sou grande o suficiente a ponto de não precisar mais me esconder dos meus medos e dos meus sentimentos. Sinceridade fragiliza. Devo ser uma grande pessoa, por não caber mais em mim. Tenho uma necessidade estranha de estar dividindo, transmitindo, extravasando as coisas. Necessidade de multidão, embora a solidão já seja uma das minhas melhores amigas.

Um bilhete para uma amiga.

É, amiga.. não acredito em quase nada que não venha do coração.
Razão? Ela sabe muito pouco, isso sim! Nós, com todas as nossas preocupações, pensamos demais antes de dar um ou dois passos - que, de tanto pensar, acabam sendo mal dados - por isso sou fã de carteirinha e adepta a tudo que vem do fundo.. assim como seu amor por ele, assim como minha amizade por você, assim como tudo que penso hoje.
Paixão, por mais que seja errada, é pura, é simples, é poderosa, move mundos. É pura porque paixão a qualquer coisa, ou a qualquer pessoa, vem de um só lugar, e faz o coração bater aflitamente mais rápido. E quanto mais a gente corre pra se esconder dela, mais ela da sinal de vida dentro de nós. Sem saber, deixamos ela transbordar pelos olhos, secar nossa boca. A respiração ofegante, o frio na barriga e o nervosismo nos entregam quase que inconscientemente, até os gestos mais banais são a comprovação disso.
No fundo no fundo, não queremos esquecer, e damos graças a deus por não seguirmos com o coração vazio.
Sofrer faz parte, independente da sua escolha. Sofre-se até se escolhermos por não sofrer mais. Qualquer SIM é um NÃO para uma outra coisa, não há escapatória.
Eu, pelo menos, acredito que não tenha nascido pra ser feliz de fato, nasci mesmo é pra viver e me doar a cada coisa que a vida me proporciona. Se, no momento, ela quer que seja assim, eu tenho mais é que viver desse jeito. Daqui a pouco acontecerão coisas maravilhosas, eu vou lembrar tudo que já passei e vou rir da vida.
É, amiga.. vou na direção aonde meu coração bata mais forte! Minha paz tá dentro de mim, e não nos outros. Parei de procurar. Viver se jogando dá a impressão de que cada dia é o meu melhor dia, cada amor é pra sempre e será sempre o maior da minha vida.